quinta-feira, 6 de maio de 2010

De Blog em BLog - DESEJO

O De Blog em Blog dessa quinta tem como tema "Desejo". Aproveitando esse tema, que tem sido bastante utilizado na Publicidade, Propaganda e no Marketing, vou falar de forma mais ampla, sobre o apelo sexual e a criação de desejo implícito (ou muitas as vezes até explícito mesmo) em campanhas publicitárias.


O marketing tem como objetivo principal persuadir o consumidor a adquirir determinado produto, seja este tangível (bem) ou intangível (serviço, idéia, etc). Para tal, vale-se de diversos tipos de apelos, como os humorísticos, os racionais, os emocionais, os morais e, finalmente, os sexuais.

Vale resslatar a importância dos apelos sexuais como sendo mensagens sexualmente apelativas utilizadas para sugerir ao consumidor que a aquisição e uso de determinado produto farão com que ele fique mais atraente e sensual perante os outros.

Um estudioso da área de marketing, chamado Tom Reichert, traz cinco classificações para os conceitos de apelo sexual em marketing: exibição do corpo, comportamento e linguagem sexual, fatores contextuais, referências sexuais e formas subliminares. Todas elas se referem às formas como a propaganda persuade o consumidor, ou seja, a quantidade ou o estilo de roupa utilizada pelo modelo na propaganda, o local de gravação, etc.

Se você for assistir a um programa de TV ou ler uma revista, perceberá que normalmente os corpos utilizados nas propagandas pertencem a modelos atrativos fisicamente e vestindo roupas que acentuam suas qualidades físicas. Ou seja, vale a máxima: o que é bonito é para se mostrar

Empresas como a Beneton, Duloren, Calvin Klein, Axe, entre outras, utilizam muito esses apelos para atrair os consumidores. Um exemplo clássico de apelos sexuais numa propaganda data dos anos 80, quando a Calvin Klein veiculou a então desconhecida modelo Brooke Shields utilizando jeans e a seguinte pergunta: “Você quer saber o que existe entre mim e a minha Calvins? Nada”. O impacto da frase de duplo sentido foi enorme, graças também a alguns fatores contextuais, como o movimento de câmera, que vagarosamente trilhava verticalmente o corpo da modelo.

Outros exemplos clássicos são os comerciais de bebidas alcoólicas no Brasil, como ocorria com mais força há uns anos atrás, mas que, por determinação do CONAR, seu uso foi restringido. Porém, continua a ligação entre cerveja e loira, sendo que os conceitos atualmente até se difundem. A Antartica com sua Juliana Paes e seu "Bar da Boa" também dá margem ao duplo sentido...


O apelo sexual atrai a atenção do consumidor, principalmente quando se utiliza de modelos do gênero oposto ao do consumidor. “As propagandas com apelo sexual intenso aumentam a intenção de compra do produto anunciado. Ou seja, o homem, ao ler um anúncio veiculando um modelo do sexo feminino, teve uma intenção maior de comprar a marca anunciada do que quando foi exposto a um modelo do sexo masculino. E vice-versa. Esse resultado também é interessante por comprovar teoricamente que o homem é persuadido mais facilmente quando a marca está exposta por uma mulher na propaganda e vice-versa”, ressalta Martin.

Claro que não existem dados concretos que confirmem que esses argumentos de marketing trazem resultados expressivos às empresas. Mas é fato que os apelos sexuais ajudam, e muito, nas vendas dos produtos. Se não fosse esse o caso, não haveria tantas propagandas sexualmente apelativas. Porém, é imprescindível que o profissional de marketing ou publicitário não exagere. Isso porque, em alguns casos, os apelos sexuais inseridos na propaganda fazem com que o consumidor sinta-a como sendo, de certa forma, anti-ética. E isso pode prejudicar a imagem do anunciante. Portanto, é interessante que o profissional conheça o seu público-alvo e saiba se e até onde pode ir com os apelos sexuais.

O apelo sexual refere-se normalmente à comunicação. Isso porque, para se sentir sensual e atraente, as pessoas necessitam, principalmente, da aprovação das demais. Dessa forma, o apelo sexual está muito ligado à comunicação. E a comunicação não é feita somente na propaganda. Ela é feita também sob diversas formas, seja no trabalho profissional, seja no ambiente pessoal e familiar.

Outro exemplo de apelo sexual que eu, particularmente, achei de gosto duvidoso, é do Motel Charm e mostra imagens de frutas como se fossem orgãos sexuais e tem o seguinte título: “Pratique Hábitos Saudáveis”. E o sub título: “Pernoite com café da manhã tropical”.

Vale ainda dizer que nem sempre o que causa impacto no público pode fidelizar o cliente ou concretizar a venda. Não raro, propagandas apelativas acabam por ser rejeitadas pelo público consumidor ou acabam deixando uma má impressão do produto. Fica para nós, nova "leva" de publicitários, "marketeiros" e afins termos bom senso e consciência de que campanhas bem feitas, honestas e com qualidade é que vendem produtos. néh?

Blogs participantes:
*Maria Gabriela - Lugar de Maria
* Raquel - Contando Pensamentos!
* Emerson- Pensamentos Diretos
* Lucas- Abra o Bico
* Mah- Geny Fiorella
* Dai- Baú da Maya
* Neide- Pensamentos de uma Sonhadora

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